Cadeia de suprimentos variada e uso de tecnologias de ponta desenvolvidos para a mineração


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Além de diversidade e de opções de investimento, o setor mineral brasileiro também tem uma cadeia de suprimentos completa para dar suporte às empresas de exploração do início até a fase final do projeto, por meio da oferta de produtos e serviços. 

Segundo o presidente do Comitê de Mineração e Cimento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Rodrigo Franceschini, a infraestrutura de maquinários e soluções aplicadas à mineração é robusta e qualificada para atender a todas as necessidades técnicas e tecnológicas dos projetos. Além de abastecer o mercado nacional, exporta 40% da sua produção para países como EUA, Chile, Argentina, Holanda e México.

“O Comitê de Mineração e Cimento engloba 82 empresas de mineração. Temos também um conselho que discute o futuro do setor e que estimula a tecnologia e a inovação. Avaliamos o design dos equipamentos e orientamos as companhias sobre o melhor destino para rejeitos. Temos também um banco de dados próprio, o Datamaq, que foi criado para agregar valor a toda a cadeia de suprimento e auxiliar o sistema de gestão da indústria da mineração”, explicou, na abertura do painel “Palestras de Mineração Brasil-Canadá: Soluções de Serviços para o Setor de Mineração Brasileiro”, que encerrou o terceiro dia de programação virtual do Brasil PDAC2021. 

A holding Geosol Participações, composta por oito empresas, está no mercado de perfurações há 67 anos, com ênfase para plantas de mineração e de petróleo e gás, com uma estrutura completa para atender as necessidades do cliente, inclusive a instalação de escritório e outros serviços na planta. O gestor de Marketing & Comunicação da companhia, Dalber Oliveira, destacou a linha de produtos específicos para exploração em áreas remotas e outros desenvolvidos por meio de sistemas remotos.

A ALS Serviços Analíticos e Técnicos tem uma linha completa de soluções técnicas na área de serviços de testagem profissional – testes de laboratório, exames de verificações, entre outros – para auxiliar os gestores da mineração a tomar as melhores decisões. Entre as novidades apresentadas, está a instalação de uma unidade de imageamento hiperespectral em Belo Horizonte (MG) que produz mapas minerais de alta resolução em testemunhos de sondagem. “Estamos há 20 anos no Brasil e neste momento, o país nos apresenta o maior potencial de crescimento no pós-pandemia”, destacou a gerente de Desenvolvimento de Negócios, Bianca Matos. 

O CEO da GE 21 Mineral Consultants, Bernardo Viana, empresa brasileira especializada em consultoria de mineração independente, oferece uma equipe qualificada e experiente de mais de 50 profissionais para projetos de Geociências, Engenharia de Processos, Metalurgia entre outros, para o setor privado e também para governos de países da América Latina e África. ”Desenvolvemos trabalhos relacionados a serviços geotécnicos para estudos de viabilidade com ferramentas que se utilizam da realidade virtual. Temos também um big data geográfico e estamos usando inteligência artificial e geoespacial para análise de resultados”, frisou.

A Haver & Boecker também está no Brasil. Segundo o engenheiro de controle e automação, Tiago Buoso, o portfólio de filtros vibratórios e monitoramento integrado de rolamento e corpo de equipamentos foi desenvolvido para estender a vida útil dos equipamentos em campo, aumentar a capacidade e eficiência da planta e reduzir custos. “Temos um sistema lançado em 2020 que prevê e informa ao cliente sobre a necessidade de manutenção de uma máquina, por exemplo”, apresentou. 

A cadeia de suprimentos nacional também tem especialistas em agitadores. Com mais de 65 anos de mercado, a SEMCO Tecnologia em Processos atua na gestão de barragens de rejeito, uma das áreas críticas da mineração. Segundo o diretor de Tecnologia, João Barreto, a solução desenvolvida pela empresa usa dois impulsores, o menor na parte inferior e o maior na parte superior. Juntos, eles melhoram a distribuição e reduz o volume morto a níveis aceitáveis, com baixo consumo de energia e boa aceleração, para uma operação com mais de 70% de concentração para o bombeamento. “O desafio das barragens hoje é retirar a água e usar a pressão da superfície para atingir o nível aceitável”, ressaltou.

A Siemens AG também tem soluções para a mineração nas áreas de operação, planejamento, programação e recuperação, segundo o gerente de vendas sênior, Bernd Erdmann. O uso de ferramentas tecnológicas também está presente por meio de sistemas que oferecem imagens da planta em tempo real e calculadores no módulo 3D, para rastreamento da unidade, acesso a informações sobre estocagem e produção. É possível também colocar sensores nas máquinas para medir o movimento, principalmente nas plantas de beneficiamento e moagem. “Nossos produtos alavancam todo o potencial dos projetos”, resumiu.

Outra multinacional que também está no mercado brasileiro é a Steinert, com um sistema que aplica indução nas câmaras e raio x para dividir o material entre partículas maiores e menores para possibilitar o beneficiamento a seco da planta de mineração. A diretora do Laboratório para a América Latina, Priscila Esteves, explicou que a aplicação de uma tecnologia de pré-concentração possibilita trabalhar com placas acima de 10mm, reduz o número de finos e aumenta a produção para melhorar a alimentação da planta de beneficiamento. “Nosso processo reduz custos com energia, transporte e com reagentes porque só enviamos o material que tem tamanho mínimo para ser processado”, concluiu.

Sustentabilidade ambiental

Um dos gargalos da indústria mineral está na sua gestão ambiental. Durante o painel, todos os participantes falaram sobre o tema e, guardadas as devidas proporções, enfatizaram que é possível reduzir esse tipo de risco.

Sobre: O evento “Brazilian Mining Sessions 2021” é uma série de palestras realizadas online de 5 a 11 de março de 2021, que ocorrem paralelo à convenção anual Prospectors nd Developers Association of Canada (PDAC 2021). As palestras são voltadas para investidores e profissionais interessados no setor mineral brasileiro e e fazem parte da iniciativa BRASIL PDAC 2021, coordenada pela Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) e pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (BCCC) sediada em Toronto, em parceria com Ministério de Minas e Energia e entidades do setor.


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